Bonito – MS
Flutuação
Nadar nos rios da região é como mergulhar em um aquário, tamanha a visibilidade que alcança dezenas de metros. A sensação é garantida graças à composição puramente calcária das rochas onde nascem os rios. A correnteza suave, que não carrega barro ou terra, conduz os visitantes à flutuação sobre graúdos dourados, pintados e piraputangas. Basta colocar uma máscara e um snorkel para confirmar que Bonito é lindo até debaixo d´água.
Rios
- Lagoa Misteriosa
- Rio da Prata
- Rio Baía Bonita (Aquário Natural)
- Rio Sucuri
- Rio Formoso
Gruta Do Lago
Gruta Do Lago Azul
O visual incrível da gruta reúne um lago cristalino de águas azuis com 90 metros de profundidade e 120 metros de largura; e rochas calcárias tomadas por estalactites e estalagmites. Para chegar até lá, vence-se com facilidade e emoção os quase 300 degraus de uma escadaria rústica. O tombamento como monumento natural, feito pelo Iphan em 1978, garantiu a preservação do principal cartão-postal de Bonito, que tem o número de visitantes diários rigorosamente controlado. A melhor época para visitação é entre dezembro e janeiro, pela manhã, quando o sol incide diretamente na entrada da gruta, tornando o azul da água ainda mais intenso.
Rio Formoso
Passeio de Bote no Rio Formoso
Bonito seria uma pacata cidadezinha do interior se, em meados dos anos 70, o peão de uma fazenda não tivesse descoberto um buraco no chão. Dentro do buraco de 72 metros de profundidade – batizado de abismo Anhumas – havia um imenso lago de águas cristalinas tomado por estalactites. Aos poucos, o tal buraco, a encantadora gruta da Lagoa Azul, as cachoeiras e os rios incrivelmente transparentes e repletos de peixes coloridos ganharam fama e infraestrutura turística, tornando a região, na década de 90, uma espécie de Disney ecológica. Cavernas e quedas d´água transformaram-se em pano de fundo para a prática do rapel; as matas foram cortadas por trilhas planejadas e circuitos de arvorismo; e os rios – verdadeiros aquários naturais graças ao calcário das rochas que contornam os leitos – viraram cenários para mergulhos autônomos e livres. E assim deverá continuar para sempre. Exemplar no quesito turismo sustentável, Bonito faz bonito quando o assunto é preservação e exploração da natureza de maneira responsável. Por questões ambientais, os passeios que levam a cachoeiras, grutas, trilhas e nascentes são obrigatoriamente acompanhados por guias locais credenciados. Sem eles, é impossível curtir os atrativos – muitos recebem um número limitado de visitantes por dia e ficam dentro de propriedades particulares, sendo fundamental fazer reservas com antecedência nas agências da cidade. A rígida fiscalização proibiu, por exemplo, o rapel no Buraco das Araras – o interior da fenda é abrigo de aves diversas -, além de uma série de outras atividades, como a pesca nos rios da região. Todo o esforço é válido para conservar as belezas que tanta fama garantem ao lugar. Paraíso dos aventureiros, Bonito reserva espaço também para quem quer apenas contemplar os santuários. Para esta turma há cavalgadas e passeios de bicicleta. E, por mais que a água seja fria, não há como se esquivar da flutuação, uma espécie de mergulho livre. Equipado com máscara, snorkel, roupas e botas de neoprene, basta soltar o corpo que a correnteza e a natureza se encarregam do resto: apresentar as magníficas e coloridas flora e fauna dos rios, que por tanto tempo ficaram isoladas pelo anonimato.
Cachoeira Boca Da Onça
Cachoeira Boca da Onça
A maior cachoeira do estado tem 156 metros de queda e é acessível através de uma caminhada de três horas pela mata, passando por outras dez cascatas e piscinas naturais. O ponto alto é a chegada ao topo, depois de enfrentar uma escadaria com mais de 800 degraus (outra opção é reservar lugar em veículos 4×4). Para encerrar a aventura com chave de ouro, há um rapel de 90 metros com vista para o cânion do rio Salobra.